Fernando Brolo*
O prêmio Valor Inovação Brasil 2024 realizou uma pesquisa para compreender o nível de inovação dentro das empresas brasileiras e constatou que 30% das inovações mais bem colocadas dentro do mundo corporativo nacional são classificadas como “arquitetônicas”.
E afinal, o que isso significa?
Bem, a tecnologia é um artifício não só poderoso, como também vital para as empresas. Sem a tecnologia, o desenvolvimento de um negócio simplesmente não acontece e para garantir uma integração sustentável e de sucesso, nós já conhecemos algumas estratégias indispensáveis:
– Planejamento de implementação
– Capacitação e treinamento de TI para as equipes
– Contextualização da inovação dentro das necessidades da empresa
Mas seria apenas isso?
Conforme a tecnologia avança e os desafios aparecem, começamos a compreender que integrar a tecnologia é sinônimo de transformar o modelo de um negócio. Ou seja, exige criatividade e aprendizado contínuo, assim como disposição para promover uma nova cultura dentro da empresa.
Enxergando a inovação como a estratégia principal de uma empresa, as organizações que estão dentro das 30% mais maduras nesse quesito ocupam este lugar por trabalharem a tecnologia como parte do negócio e como uma oportunidade de melhorá-lo e impulsioná-lo.
Sua função “arquitetônica”, como bem pontua a matéria do Valor Econômico, vem justamente da postura das empresas de irem além do desenvolvimento de um novo produto através das tecnologias; é o momento de olhar para o mercado, entender o modo como a empresa opera, transformando a tecnologia implementada em uma vantagem realmente competitiva e de destaque.
É complexo, claro, mas o processo leva a uma maturidade digital que aponta potencial criativo dos negócios que utilizam a tecnologia 100% ao seu favor, demonstrando responsabilidade e vontade de melhorias contínuas.
Esse é um sinal não só de que a organização está no ritmo da inovação, como também passa a ditar o compasso dela. Assim, empresas que arquitetam a tecnologia e a inovação dentro de toda a infraestrutura, chegando até os níveis de cultura empresarial, tornam-se referência no mercado e com sinais claros de que conseguem vencer desafios.
A inovação, afinal, não é uma área à parte de todas as outras, ela está em todas as camadas da organização e assim deve ter trabalhada, em sua totalidade.
*Fernando Brolo é CSMO e sócio-fundador da Logithink